Histórico do RUP
O RUP surgiu através de uma seqüência de fatos que ocasionaram na
necessidade de uma metodologia para controlar grandes projetos de software.
Durante muitos anos o RUP vem sendo aprimorado com base em experiências de
pessoas e companhias envolvidas no processo de desenvolvimento de software.
Sua concepção se deu no começo dos anos 80, pela Rational Software
Corporation®. Fundada por Paul Levy e Mike Devlin, a Rational se dedicou a
desenvolver com sucesso sistemas largos e complexos [Gibbs, 2006].
A Figura 1 mostra os acontecimentos que ocasionaram desde a criação do
RUP até a sua versão 7, lançada em 2005.
Muitos foram os fatores que contribuíram para o crescimento da Rational
naquele tempo. Eram dominantes os projetos de grande porte, com alto grau de
complexidade, oriundos principalmente do departamento de defesa norte-americano.
Houve uma necessidade de compatibilidade de um bom ambiente de
desenvolvimento e o hardware que os suportassem. Com isso a Rational
disponibilizou a plataforma de desenvolvimento R1000 Ada. De acordo com [Gibbs,
2006], muitas ferramentas davam suporte ao mercado daquele tempo e a Rational
as adquiriu para compor seu suite. Dentre elas, a ferramenta de testes do Software
Quality Assurance - SQA, o ClearCase, uma ferramenta de configuração da PureAtria,
o Requisite Pro, uma ferramenta para gerenciamento de requisitos da
Requisite, o Rational Rose, uma ferramenta de análise e design da Rational, dentre
outras. Conforme Gibbs [2006] com essa aquisição, a Rational tinha um conjunto de
produtos que davam suporte ao ciclo de vida de desenvolvimento de software.
Outra questão era criar uma metodologia padronizada para modelagem de
sistemas. De acordo com [Gibbs, 2006], no começo dos anos 90, dúzias de
linguagem de modelagem estavam em uso, incluindo Booch, Buhr, OMT - Object
Modeling Technique, e Shlaer-Mellor. Como o mercado estava dividido, a Rational
decidiu reunir Grady Booch, inventor da “Booch Methodology”, James Rumbaugh da
OMT and Ivar Jacobson da Objectory formando, assim, a tríade “Os Três Amigos”.
Juntos, eles trabalharam para desenvolver uma única linguagem para modelagem
de sistemas que foi nomeada de Unified Modeling Language – UML.
O RUP é o sucessor direto do Rational Objectory Process (versão 4.1)
[Gornik, 2001]. Este, conforme Gornik [2001], é o resultado da integração entre as
abordagens da Rational® e o processo Objectory na versão 3, depois de a Rational
se juntar com a Objectory AB em 1995. Da Objectory foi trazida sua estrutura de
processo e suas noções para casos de uso, principalmente qual era o papel de cada
pessoa em um projeto de sistema. Já das abordagens da Rational, foram incluídos
no modelo o desenvolvimento iterativo e dada ênfase à importância da definição da
arquitetura.
De acordo com Gornik [2001], o processo Objectory foi criado na Suécia em
1987 por Ivar Jacobson, resultante de uma experiência com Ericsson®. Esse
processo virou um produto de sua companhia, a Objectory AB. Sua base consistia
nos conceitos de caso de uso e na modelagem da Orientação a Objeto – OO.
Ainda com Gornik, o RUP incorporou idéias de muitos modelos de processo,
todas publicadas pelo livro “The Unified Software Development Process”, onde os
autores são: Ivar Jacobson, Grady Booch e James Rumbaugh [Gornik, 2001].
Em 2003, a IBM adquiriu a Rational Software, onde esta continua a agregar
alterações que condizem com as vivências das organizações, e assim melhorando
suas metodologias de desenvolvimento.
Em 2005, a IBM lança a versão 7.0 do RUP com algumas alterações no que
diz respeito a [RAD, 2006]:
- Alterações de terminologia e conceitos a partir da Unified Method
Architecture, como proposto para o SPEM (Software Process Engineering
Metamodel) versão 2.0.
- Separação de conceitos, uma introdução em um plugin base para RUP
chamados Base Concepts.
- Atualização principal de Boas Práticas. Essas práticas foram
relançadas nos Princípios Chave para Desenvolvimento Orientado para Negócios.
- Novos processos de entrega
- Nova aparência e comportamento das páginas de RUP e navegador em
árvore.
- Disciplina de ambiente atualizada para ser consistente com as novas
ferramentas. Conteúdo de caso de desenvolvimento movido para seu próprio
pacote de método.
- Adição de nova tarefa, Desenvolver Especificações Suplementares.
- Novo conteúdo para construir sistemas de sistema, incluindo fluxo
descendente de caso de uso, análise de operação e design de operação.
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O que é [Gibbs, 2006]?
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